14 fevereiro, 2010

Maldito.




Abuse dos seus planos mais sujos, e me tenha ao seu dispor. Minha voz continua a mesma, mas só pronuncio teu nome.



Preciso extirpa-te dos meus pensamentos. Tento não alimentar minhas falsas esperanças quanto a ti, às tuas palavras , tuas ações... Mas nem chego perto de conseguir tal feito. Eu procuro nos teus "sins" algum veneno, mas só encontro pureza. Até seu silêncio me perturba, me tira a paz. Passo a noite tentando achar em suas atitudes do dia alguma semelhança com os meus sentimentos. Me dou por satisfeita quando eu acho uma palavra dita de modo mais doce, um roçar nos braços. Você me conta dos mais diversos casos amorosos, e eu sorrindo te desejo felicidade com a Maria ou a Joana, o que for. Você me abraça como um irmão, me entrego nos teus braços como amante que sou, mas devolve a realidade quando me solta. Faz-me perder a noção do ridículo quando demonstra que sentiu minha falta. Seu olhar quando toca o meu, no meio das nossas mil conversas, acaba que perco o pouco do equilibrio que tenho nas pernas. Nessa atmosfera utópica, te beijo a face e te peço que não deixe de ser meu amigo.

09 fevereiro, 2010

Para que mentir?
(Vadico e Noel Rosa)


Para que mentir
tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê? Pra que mentir,
Se não há necessidade
De me trair?

Pra que mentir
Se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir, se eu sei
Que gostas de outro
Que te diz que não te quer?

Pra que mentir tanto assim
Se tu sabes que eu sei
Que tu não gostas de mim?
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?



Dom de Iludir
(Caetano Veloso)

Não me venha falar na malícia
de toda mulher
Cada um sabe a dor e a delícia
de ser o que é.
Não me olhe como se a polícia
andasse atrás de mim.
Cale a boca, e não cale na boca notícia ruim.
Você sabe explicar
Você sabe entender, tudo bem.
Você está, você é, você faz.
Você quer, você tem.
Você diz a verdade, a verdade
é seu dom de iludir.
Como pode querer que a mulher
vá viver sem mentir.



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"Noélicas" e "Caetânicas"


Eles tratam de infidelidade
Com tamanha espontaneidade...
E agir assim me assusta,

Mas vim para ser justa.


Umas das damas mente

E pensa que os homens agem de forma congruente

E a outra é traiçoeira,

Mas não consegue armar nem uma simples ratoeira.


Não é porque você, Noel,

Não conseguiu uma relação de puro mel,

De existir além do amor, o respeito.
Que pode formar de todas as mulheres , um único conceito.


E o baiano, Caetano, que nada sabe

Da dor e da delícia que cabe

Em uma mulher,

Não pode assim meter sua colher.


Nenhum ser é igual,

O respeitoso é genial.

Oh, Dons Casmurros, ninguém é obrigado a trair,

E muito menos a mentir.

08 fevereiro, 2010


Os meus sonhos são tão pequenos, quando comparados com a imensidão do que posso conseguir.

Suas mãos.


Os meus pelos eriçam ao sentir seu toque,
Minhas pernas vacilam quando você me tem nos braços,
Falta-me o ar quando brinca com meu cacho caído no rosto.
Ah, Sentir seus lábios no meu ombro exposto.
Decoro do seu corpo todos os pequenos traços.
Encantada com seu sorriso, permaneço em choque.

Seus dedos pressionam minha cintura,
Minhas pernas mesclando com as suas.
Suspirando involuntariamente.
Não consigo me sentir uma deliquente,
Por desejar isso há tantas luas.
Tanta vontade, uma tortura.

Há muito amor sendo despejado pelo meu corpo,
Seus dedos caminhando por minhas coxas.
Busco conseguir ficar consciente, em vão.
Entrego-me a mais pura e bela tentação.
Quero sair desse mundo e viver eternamente contigo, poxa.
Suas mãos são o que mais desejo, meu bobo.